EUA querem oferecer às ilhas do Pacífico escolha "melhor" do que a China

por Lusa
Johanna Geron - Reuters

Os EUA querem oferecer às ilhas do Pacífico "uma escolha melhor" do que a China, considerou o secretário de Estado Antony Blinken, ainda que admita que Washington sozinho não consiga competir com a presença crescente de Pequim na região.

Antony Blinken assumiu esta posição na sexta-feira, depois de os legisladores das Ilhas Salomão, cuja aproximação à China em questões de segurança está a preocupar os Estados Unidos e a Austrália, terem escolhido um novo primeiro-ministro próximo do regime de Pequim.

"A China cobre muita área nas ilhas do Pacífico, provavelmente uma área maior do que aquela que nós podemos cobrir", disse o secretário de Estado norte-americano no Fórum Sedona do Instituto McCain, no Arizona.

Blinken acentuou, no entanto, que ao fazer parcerias com a Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Japão e Índia, se consegue "cobrir uma grande área". "Vemos isso na nossa capacidade para fornecer algumas das coisas que os habitantes destes países querem", destacou Blinken.

"Muitas vezes é mais eficaz dizer a um país: não estamos a pedir-vos que escolham, queremos dar-vos uma escolha melhor", acrescentou.

O secretário de Estado referiu-se a uma iniciativa, anunciada numa cimeira realizada em 2023 entre o Presidente Joe Biden e o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, no âmbito da qual a Google está a construir cabos transpacíficos para melhorar as ligações de Internet em países distantes.

Estes cabos de alta velocidade oferecem uma alternativa à China, cujas empresas tecnológicas estão cada vez mais ativas na região do Pacífico Sul.

As tensões entre os Estados Unidos e a China diminuíram, com Bliken a visitar Pequim no mês passado, pela segunda vez em menos de um ano, mas a administração de Joe Biden disse que a China é o principal rival a longo prazo da liderança global dos EUA.

Nas Ilhas Salomão, o ministro dos Negócios Estrangeiros pró-China, Jeremiah Manele, foi eleito primeiro-ministro esta quinta-feira, derrotando um adversário que queria reduzir a influência de Pequim neste pequeno país do Pacífico Sul.

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